quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Após 33 anos, imagem de Nossa Senhora do Rosário vai voltar ao altar em Pedro Leopoldo
  
              Longa espera de 33 anos, uma década de luta nos tribunais, e, finalmente, vencem a justiça, a confiança dos moradores e a fé na defesa do patrimônio cultural. A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu nessa terça-feira, por unanimidade, que a imagem de Nossa Senhora do Rosário retorne à capela de Quinta do Sumidouro no distrito de Pedro Leopoldo, na Grande BH. A peça do século 18 foi furtada do templo em 1º de dezembro de 1981 e, até 2012, esteve em poder do colecionador paulista Renato de Almeida Whitaker, quando foi apreendida, em São Paulo (SP), pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).  Os desembargadores mantiveram a condenação de Whitaker por litigância de má-fé (atrasar e prejudicar o andamento do processo), implicando pagamento de R$ 200 mil ao Fundo de Preservação do Patrimônio Histórico e Minas Gerais e danos morais ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos Lesados, no valor de 1 mil salários mínimos (R$ 724mil). 

                         “É uma vitória muito importante para nosso patrimônio, pois, além da devolução da imagem, o colecionador será obrigado a indenizar a comunidade por todos os danos e sofrimentos causados”, disse o coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC/MG), Marcos Paulo de Souza Miranda, lembrando que, embora o paulista possa recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), não serão mais necessárias perícias e testes para provar que a imagem pertence à Capela de Nossa Senhora do Rosário. A decisão da Justiça mineira confirmou sentença do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de BH, Geraldo Claret de Arantes.

                        Alegria e emoção tomaram conta da comunidade, que, às 18h, soltou foguetes e bateu o sino da capela. Sem conter as lágrimas, a coordenadora do Conselho Paroquial Comunitário, Edna Maria da Silva Santos, conhecida como Nininha, ressaltou que prevaleceram a justiça divina e dos homens. “Nossa Senhora é nossa”, repetiu o lema que, há mais de três décadas os moradores não se cansam de dizer. Uma grande festa vai ocorrer no dia em que o bem cultural e espiritual voltar, mas, para celebrar a decisão do TJMG e “agradecer a Deus”, os moradores vão participar de missa neste domingo, às 9, na capela de Quinta do Sumidouro. “Recordamos dos que já morreram sem ter a santa de volta. Vamos rezar por todos e celebrar essa data”, disse Nininha, que, ao lado de outros católicos, seguiu um cortejo, no dia 14, no qual o andar estava vazio “à espera da padroeira”.

                     O gerente do Parque Estadual do Sumidouro e morador, Rogério Tavares, também se emocionou ao saber que Nossa Senhora do Rosário voltará para casa. “Ficou feliz e chorei de felicidade. Demorou para a justiça ser feita e devemos destacar o excelente trabalho do MPMG, que contou com todo o suporte técnico para provar que a imagem é realmente da nossa capela. O vazio sempre foi muito grande, mas a esperança de tê-la novamente nunca nos abandonou”, disse Rogério. 

Segurança Para a padroeira voltar ao altar, os técnicos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), órgão responsável pelo tombamento da capela em 1974 e pela guarda da peça, por ordem judicial, desde 2012, fará uma vistoria no local, verificando principalmente a presença de equipamentos de segurança. Rogério Tavares afirmou que o templo foi reformado em 2004 e está recebendo câmeras de vídeo nas áreas interna e externa. “Estamos aguardando um parecer do Iepha sobre esse trabalho”, disse Tavares. O órgão estadual ainda não foi notificado pela Justiça e, conforme assessores, tomará as providências tão logo seja comunicado oficialmente. 

                        A restauradora do Iepha Maria Ângela Pinheiro também demostrou entusiasmo, já que, desde 2004, trabalhou na avaliação da peça e participou de quatro operações do MPMG, em São Paulo, para tentar trazer a imagem de Nossa Senhora do Rosário para Minas. “Ela retorna ao lugar de onde nunca deveria ter saído”, disse a restauradora. Por telefone, Whitaker declarou que vai recorrer da decisão judicial e se defendeu da condenação.


Fonte:www.em.com.br. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Saiba mais sobre os morcegos!
                 Os morcegos pertencentes à ordem Chiroptera,são os únicos mamíferos naturalmente capazes de voar.Diversas são as lendas a respeito deste peculiar animal que habita cavidades subterrâneas e outros lugares ermos. Apesar de todas as lendas presentes no imaginário popular, sabe-se que o morcego não possui caráter agressivo e ataca somente em casos extremos quando se sente realmente ameaçado. A alimentação dos morcegos varia de acordo com a espécie, há alguns que se alimentam de aves, peixes, outros de frutas e insetos e há também a famosa espécie dos hematófagos (Desmodus rotundus) conhecidos popularmente como “morcegos vampiros” pelo fato de se alimentarem de sangue de animais. Os hematófagos são encontrados na região da América Latina, apenas 3 das 925 espécies  de morcegos possui como o sangue sua fonte de alimentação.
Morcego Hematófago encontrado na Gruta da Lapinha
               A maioria dos morcegos possui um sexto sentido chamado de ecolocalização. A ecolocalização consiste na emissão, pela boca ou nariz, de ondas ultrassônicas que, quando atingem um objeto, retornam como um eco cuja frequência é menor, assim, o morcego é capaz de saber a que distância o objeto está e pode decidir se aproximar ou se afastar dele. Isto permite ao animal o voo no interior de cavernas ou de lugares escuros.Devido ao sentido da ecolocalização, muitos acreditam que os morcegos possuem visão reduzida ou que são cegos, porém isso não é fato, a verdade é que os morcegos enxergam sim, e muito bem!A ecolocalização é apenas mais um incremento além da visão, que os auxilia na localização em locais muito escuros.
             Muitos perguntam por que os morcegos costumam ficar empoleirados de cabeça para baixo, acredita-se que essa posição apesar de parecer desconfortável favorece o alçarvoo, uma vez queos morcegos não tem habilidade para correr como as outras aves.
             Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de Proteção à Fauna. A sua perseguição e caça no país são considerados crimes ambientais. Na Gruta da Lapinha localizada no Parque Estadual do Sumidouro são encontradas diversas espécies de morcegos dentre eles os frugívoros, insetívoroshematófagos, nectatívoros e onívoros. Os morcegos exercem influencia fundamental na cadeia alimentar das cavernas, suas fezes (guano) funcionam de alimento para diversas espécies presentes dentro do ambiente cavernícula.

Fontes: infoescola.com.
Apostila Fauna e Flora – exemplar 01.
www.ibaraki.com.br.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


Presidente da Câmara de Vereadores de Pedro Leopoldo visita Parque Estadual do Sumidouro


           Na última terça feira dia 11 de fevereiro, o Parque Estadual do Sumidouro recebeu a visita do presidente da Câmara Municipal de Pedro Leopoldo, pastor José Maria, acompanhado dos vereadores Mairon César e Vicente Cruz. Em contato com grupo de funcionários do Parque Estadual do Sumidouro (eleitores e moradores de Quinta do Sumidouro e Fidalgo), os vereadores puderam participar de reflexão e discussão sobre proposta de alteração do Plano Diretor Municipal, problemas que afetam a região, como a motivação do setor da pedra Lagoa Santa estar paralisado, pontos positivos e negativos do setor, propostas e perspectivas melhores para a região. 
            Foram abordados por servidores que anteriormente já trabalharam com a pedra Lagoa Santa, pontos positivos e negativos do beneficiamento da extração da pedra como a existência da oferta de emprego direto e indireto para qualquer faixa etária. Apesar deste beneficio da oferta de emprego, os antigos trabalhadores mencionaram que as condições de trabalho eram precárias e sem as adequações exigidas pela legislação trabalhista e ambiental. Na época em questão, os proprietários não se interessaram e nem se mobilizaram buscando a regularização dos empreendimentos dentro do prazo, protelando muito e chegando ao ponto de embargos judiciais. Este fato acabou desestruturando economicamente muitas famílias da região. Como solução, propôs-se a implantação do distrito industrial previsto no Plano Diretor, a implantação de um trabalho de beneficiamento mais eficiente da pedra Lagoa Santa, para que a mesma tenha um maior poder de competitividade no mercado atual, além da atração de empresas com outro perfil para a região, que se adequem à realidade da comunidade, priorização de investimentos no turismo de Pedro Leopoldo e entorno, investimento em qualificação e principalmente na educação, como transporte gratuito para estudantes de faculdades e melhorias na infraestrutura de escola local em condições precárias. Foi também discutido sobre a importância de atuação do governo municipal na prestação dos serviços públicos em Fidalgo e Quinta do Sumidouro, atendendo a demandas concretas da comunidade como: a implantação de um posto policial, ou uma atuação mais ativa da guarda municipal, instalação da academia ao ar livre nas praças, instalação de farmácia, um médico em cada posto de saúde, melhoria de infraestrutura das creches, saneamento básico, atividades de lazer, melhoria de ruas e iluminação, controle de zoonoses e castração de animais. 


             Dentre as propostas destacou-se também a necessidade de iniciativa ou projeto para tirar os jovens das ruas, implantação de escola integral, cursos preparatórios e de qualificação profissional, cursos para moradores que trabalhavam na extração de pedra Lagoa Santa, para que os mesmos possam adquirir conhecimento e capacidade para um emprego melhor, além de conscientização dos novos moradores (vindos de fora e se mudaram para as comunidades) que estão chegando de forma desordenada e desrespeitando alguns costumes locais. Foi mencionado o anseio de uma integração entre Parque Estadual do Sumidouro, governo municipal e moradores, com o desenvolvimento de ações e abordagens didáticas, educativas, de lazer, promoção da saúde e desenvolvimento do turismo e economia local, que favoreçam a qualidade de vida em geral. 
              Os vereadores falaram da importância de conhecer o parque no momento em que antecede uma Audiência Pública na comunidade, retirando dúvidas dos presentes sobre o papel do vereador, o funcionamento da Câmara, formas de participação do cidadão e ainda esclareceram sobre algumas ações que já estão em andamento com foco na região por parte da prefeitura, como o processo de estruturação do Distrito Industrial de Pedra Lagoa Santa e programa de apoio a prevenção e tratamento de usuários de drogas na comunidade.
              Após o encontro com os colaboradores, os vereadores visitaram na Casa Fernão Dias, as estruturas de oficinas educativas e depois visitaram a Lapa do Sumidouro, surpreendendo-se com informações sobre a quantidade de funcionários do parque moradores da região (cerca de 65 funcionários) e a quantidade de visitantes que anualmente já vistam o parque (em média de 35.000 visitantes). Foi consenso entre os vereadores a necessidade dos pedro-leopoldenses conhecerem e valorizarem o Parque Estadual do Sumidouro.
 



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Conheça mais sobre o “pequi” famoso fruto do nosso cerrado!


          O “pequi” Caryocar brasiliensis, também conhecido como piqui, piquiá, pequerim, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, suarí dentre outros nomes, é um fruto nativo do cerrado brasileiro sendo o mais consumido e comercializado, e também o melhor estudado nos aspectos nutricional, ecológico e econômico. O fruto possui grande versatilidade sendo utilizado na culinária regional em diversos pratos como o arroz e frango com pequi, em conserva e como matéria prima para a produção de licores, sorvetes e ração para animais. A amêndoa (semente do pequi) que fica na parte interna do fruto produz óleo e também pode ser consumida in natura ou torrada e utilizada no preparo de paçocas, bolos, doces e pamonhas. A polpa do fruto tem o dobro de vitamina C de uma laranja e é rico também em vitaminas A, E e carotenoides. Tais fatores tornam o fruto um aliado no combate ao envelhecimento e na prevenção as doenças associadas à visão. Já a semente é utilizada na fabricação de um rico óleo que possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e gastroprotetora. 



Coleta sustentável do pequi saiba mais!


Pequizeiro no Parque Estadual do Sumidouro
          O pequizeiro é protegido pela lei 20.308, de 27 de julho de 2012 do Estado de Minas Gerais. A coleta indiscriminada do pequi, sem controle da quantidade afeta diretamente a produtividade e a diversidade natural da população de pequizeiros por isso, é importante saber como realizar esta coleta sem prejudicar a produção do fruto.
Algumas recomendações de boas práticas de coleta do pequi são:
·         Não derrubar o fruto da árvore, muito menos utilizar varas ou qualquer outro instrumento para isso;
·         Coletar somente os frutos caídos naturalmente. Estes, sim, estão no ponto de consumo;
·         Não devastar a cobertura vegetal debaixo e ao redor da planta; existem outros seres em convivência natural com ela, que dependem dessa cobertura;
·         Coletar frutos sadios, e deixar os frutos rachados ou abertos como reserva natural, para reprodução da planta e alimentação animal; se houver somente frutos sadios, deixe assim mesmo certa quantidade de reserva. Assim as sementes contidas no fruto poderão germinar e dar origem a novas árvores, evitando, dessa forma, a extinção do pequizeiro;
·         Somente leve os frutos. Não deixe nada que não pertença ao ambiente, como sacos plásticos não utilizados e outros tipos de lixo.

Fonte: Centraldocerrado.org.br.


Cerracatinga.org.br.
Arqueóloga Alenice Baeta ministra palestra para funcionários do PESU



Nesta segunda –feira dia 10 de fevereiro, a arqueóloga e historiadora Alenice Baeta ministrou uma palestra no Parque Estadual do Sumidouro sobre Patrimônio Arqueológico. Dentre outras questões pertinentes ao tema, foi discutida a principal diferença entre arqueologia e paleontologia, o que seria um sítio arqueológico, como se deve proceder ao encontrar determinada peça arqueológica, sítios encontrados na região Carste de Lagoa Santa de relevado interesse para a arqueologia, educação patrimonial dentre outros pontos. Alenice também explicou a respeito sobre a região arqueológica que engloba o Parque Estadual do Sumidouro e seu entorno. Ao final da palestra foi aberto espaço para questionamentos dos monitores a respeito do tema.