No último sábado, 03 de setembro, aconteceu no Museu Peter
Lund o I Encontro Arqueologia e Arqueólogos, com a participação de Marcony
Alves e Alenice Baeta.
Marcony Lopes Alves contou sobre sua origem em área rural às
margens do rio Cipó e a descoberta, aos 13 anos, de um sítio arqueológico perto
de sua casa. Isso aumentou a curiosidade pela Arqueologia e foi o impulso para
escrever pela primeira vez a André Prous. O arqueólogo e professor o incentivou
a estudar bastante, contribuindo com o início de seu despertar para a Arqueologia.
Marcony possui graduação em Antropologia com habilitação em
Arqueologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atualmente é
mestrando em Arqueologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de
São Paulo (USP). É colaborador do Centro Especializado em Arqueologia
Pré-histórica do Museu de História Natural (MHN) da UFMG.
Estudou a tecnologia de cachimbos de barro histórico de Minas
Gerais e atualmente participa do "Projeto Norte Amazônico", coordenado
pelo professor André Prous, no qual tem desenvolvido pesquisa sobre o material
lítico e cerâmico da bacia do rio Mapuera, no Pará. Sua pesquisa versa sobre as
"tecnologias do encanto" das cerâmicas Konduri e Santarém do baixo
Amazonas.
Alenice
Maria Motta Baeta é arqueóloga e historiadora, pesquisadora colaboradora do
Setor de Arqueologia do MHN/UFMG. Possui Pós-Doutorado em Arqueologia pela
UFMG, é Doutora em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da
USP. Possui Mestrado em Educação pela UFMG em Arte Rupestre e Etnoarqueologia.
Atualmente é sócia proprietária da Artefactto Consultoria.
Alenice
contou sobre sua trajetória desde a época em que trabalhava voluntariamente,
aos 16 anos, no laboratório de Arqueologia da UFMG, passando por histórico de trabalhos
com foco em educação patrimonial, mineração colonial, arqueologia em campos
ferruginosos, a implantação de núcleos museológicos de arqueologia na região do
vale do rio Doce, dentre outras ações. Destacou trabalhos publicados e realizados
em planos de manejo como o do Parque Estadual do Sumidouro e do Parque Nacional
da Serra do Cipó.
Com
vasta experiência na área de Arqueologia Pré-Histórica e Histórica, expôs uma
diversidade de fotos e relatos que hoje integram a história da escola de
arqueologia em Minas Gerais.