No dia 07 de maio, aconteceu no Parque Estadual do Sumidouro uma
visita técnica coordenada pelo geólogo Gustavo Macedo, doutorando do Programa de Geoquímica e
Geotectônica do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.
A
visita contou com a participação de outros geólogos da Universidade Federal de
Minas Gerais, da Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, da Alemanha
e da Bélgica.
O
objetivo foi apresentar o local onde Gustavo realizou a datação do maciço da
Lapinha aos demais geólogos e realizar uma palestra sobre seu trabalho à equipe
do Parque. O maciço pôde ser datado devido à existência de zircão. Esse mineral
contém quantidades de chumbo e urânio que permitem, por meio de metodologia
específica, identificar a idade máxima das rochas.
A
idade máxima de deposição para a Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí, foi de 557
milhões de anos, sendo mais jovem do que se acreditava até então.
Além
disso, dados geocronológicos sugerem que a evolução sedimentar de grande parte do
Grupo Bambuí se iniciou no limite Ediacarano/Cambriano e que a deposição teria
ocorrido em uma bacia marinha no interior do continente Gondwana Ocidental,
quando África e América do Sul estavam ligados.
O Cambriano marca um ponto
importante na história da vida na Terra, pois é o período
de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no
registro fóssil. Por muito tempo se considerou os
fósseis do Cambriano como os mais velhos do planeta, porém, atualmente foram encontrados
fósseis mais antigos que datam do período Ediacarano.
Para
conhecer mais sobre o trabalho, o nome do projeto de pesquisa de mestrado do
Gustavo Macedo de Paula Santos é “Quimioestratigrafia isotópica (C, O e Sr) e
geocronologia (U-Pb, Sm-Nd) das rochas da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí”.